nota prévia: Refletindo sobre acontecimentos recentes, os quais espero que a posteridade só conheça de ouvir dizer - se é que, no futuro, ainda será permitido ouvir e dizer - duas cenas me brotaram da mente. Não acredito - embora aconteça, mas isso em nada me impede de não acreditar - que o juízo de um possa imperar sobre todos. Portanto, para não cometer o erro que acuso, transcrevo tão fiel quanto possível as duas cenas, para que cada um as meça segundo suas convicções, suas crenças, seus valores e fetiches.
I HOPE SO
Ar cansado, jeito tenso, terno amarrotado, gravata afrouxada no colarinho aberto, descabelos sobre o rosto avermelhado, voz rouca de grito inútil... para diante dela e:
- Sua mãe aqui em casa DE NOVO???
Será que todo final de semana agora é isso???
Eu não aguento mais esse inferno que é sua mãe aporrinhando nossa vida...
***
Ar sossegado, andar tranquilo, meia luz no quarto, corpo esbelto, roupas - e atitudes - íntimas, voz rouca de homem fino e sutil... coloca-se diante dela e:
- Eu estive pensando e...
que tal, em vez de sua mãe vir aqui pra casa, nós tirarmos o final de semana só pra nós dois?!
Uma crônica de Marcelo Aceti
Um comentário:
Deve ser o cansaço da madrugada, mas não captei a mensagem. Só posso dizer que escolho ser o cara do segundo exemplo. Pelo menos assim, minha mulher não me abandonaria...
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